De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20110410

A MORTE TRAINDO A VIDA



Analisando esta Vida,
dum modo muito  profundo,
fico mais que convencida
que ela não convence o Mundo.

Nós fazemos um projecto,
projectados no Amanhã,
e a Vida deixa que a Morte,
mate a vontade mais sã.

São terramotos, são guerras,
são guerrilhas, são vulcões,
e um mar que galga terras,
marado por abanões.

Este caos  pesado, duro,
do Presente e do Passado,
faz-me temer que o Futuro
continue ameaçado.


Maria Letra
Abril de 2011

2 comentários:

Unknown disse...

Mizita,
Como concordo com o seu poema! Viveremos amordaçados com as recordações do passado neste presente que não promete um futuro risonho.

Beijinho,
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Autêntico! Exatamente como diz, Ana Maria. Um mundo amordaçado por crueis inimigos da Vida.
Obrigada pela visita.
Beijinhos.