De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20110525

TUAS VESTES NEGRAS


Tratada como escrava do prazer
por um ser com prepotência
capaz de subjugar-te
e abusar-te …,
estás tu, serena.

Anulada até não poderes ver
o alcance e a consequência
do abuso de alguém a usar-te
e a maltratar-Te,
estás tu, em pena.

Em nome dum Deus que não conheço …,
estás reduzida a nada.
Em nome dum Deus que não conheço…,
tu és ignorada.
Escondida, por detrás dum negro atroz,
Estás tu …, sem voz!

Maria Letra

Maio de 2011

4 comentários:

Adelaide disse...

Muito vedadeiro...infelizmente!

Beijinhos
Milai

Tite disse...

Se te referes à Guineense abusada pelo Agente FMIoso, sem voz mas muito bem defendida. Assim fossem todas as abusadas anónimas deste mundo.

Abracinho Bom

Maria Letr@ disse...

Olá amiga! Obrigada pela tua visita.
Não, por acaso não é a essa que me refiro. Eu refiro-me a outras mulheres.
Um gAndA beijinho.

Unknown disse...

Mizita, boa noite!
Infelizmente, em pleno Sec. XXI, este é um poema que continua tão actual,
que até dói cada verso que aqui lemos.

Beijinho,
Ana Martins