De velhas raizes minhas,
umas vivas, outras mortas,
retirei ervas daninhas
p’ra poder abrir mais portas.
20130730
20130728
RELATO DUMA HERANÇA
Solto minha mente
e deixo que me lembre
daquele tempo
em que brincava
... e ria de contente
por tudo…
e por nada,
duma forma insensata.
Eram tempos de prata.
Fazia rir toda a gente
ora imitando,
ora dançando…
ora falando
com as paredes,
minhas amigas
que, pacientes,
deixavam, surdas,
que lhes dissesse
o que eu quisesse.
“Amiga, a fruta
estava caríssima,
e o mercado…
cheio de gente!”
Naquele trajecto
que a minha mente,
lesta, consente,
vou recordando
e fico pensando,
e derramando
gotas de sal,
porque a saudade…
faz muito mal!
Busco defesas.
Recordo, em fila,
aqueles momentos,
ano, após ano.
Seis filhos tive.
Tive os que quis…
Daí em diante…
é p’ra esquecer!
Contudo,
neste meu fado
que guardo, mudo…
houve episódios
de grande luz,
que iluminaram
a minha mente.
Virei a página.
E aquela cruz
que a minha alma
ainda sente
muito pesada…
não vale nada.
Foi a herança
que me deu força
e tanta esperança.
Os meus bons filhos
foram sarilhos,
muitos cadilhos,
mas são tesouros.
Deles nasceram
meus 11 louros.
Ponto final!
Eles são meus netos!
Com eles partilho
grandes projectos
para o futuro
que será deles.
Sim, que do meu...
o que sei eu?!?
Maria Letra
27-07-2013
e deixo que me lembre
daquele tempo
em que brincava
... e ria de contente
por tudo…
e por nada,
duma forma insensata.
Eram tempos de prata.
Fazia rir toda a gente
ora imitando,
ora dançando…
ora falando
com as paredes,
minhas amigas
que, pacientes,
deixavam, surdas,
que lhes dissesse
o que eu quisesse.
“Amiga, a fruta
estava caríssima,
e o mercado…
cheio de gente!”
Naquele trajecto
que a minha mente,
lesta, consente,
vou recordando
e fico pensando,
e derramando
gotas de sal,
porque a saudade…
faz muito mal!
Busco defesas.
Recordo, em fila,
aqueles momentos,
ano, após ano.
Seis filhos tive.
Tive os que quis…
Daí em diante…
é p’ra esquecer!
Contudo,
neste meu fado
que guardo, mudo…
houve episódios
de grande luz,
que iluminaram
a minha mente.
Virei a página.
E aquela cruz
que a minha alma
ainda sente
muito pesada…
não vale nada.
Foi a herança
que me deu força
e tanta esperança.
Os meus bons filhos
foram sarilhos,
muitos cadilhos,
mas são tesouros.
Deles nasceram
meus 11 louros.
Ponto final!
Eles são meus netos!
Com eles partilho
grandes projectos
para o futuro
que será deles.
Sim, que do meu...
o que sei eu?!?
Maria Letra
27-07-2013
20130726
20130723
MEUS MININO D'OIRO
Amo meus minino d’oiro
como a Noite ama o Luar,
o Dia ama a luz do Sol
e a Natureza o Respeito.
São partes do meu Tesoiro,
pedaços do meu Amar
que guardo dentro do peito.
É um trio que não se perde,
em Terras de Cabo
Verde.
Têm um pé na escolinha
enquanto o outro…,
caminha!
Pé-coxinho também anda.
É a vontade que o manda!
Maria Letra
2013-07-23
Nota: Os minino de Manuela Sá Carneiro
Blog: viajantes solidários
Etiquetas:
adopção,
Cabo Verde,
crianças,
fraternidade
20130717
QUANDO, PARA UMA CRIANÇA, UM POUCO DE TANTO, BASTA!
(Poema publicado hoje no blogue: http://viajantesolidarios.blogspot.com)
Quando no olhar inocente e puro duma criança,
não há sinais da vida, da luz duma esperança,
essa criança, sofrida, não pergunta nada.
Queria, apenas, sentir-se mais amada.
Amada por nós, pelo chão que pisa,
ou pela frescura duma doce brisa.
Bastar-lhe-ia algo do tanto
- não importa quanto -
que outras terão,
mas ela… NÂO!
Maria Letra
2013-07-17
Fotografia de
Paolo Souza
Paolo Souza
20130716
ALMA RIMADA
ALMA
RIMADA
Minha
alma, ainda presente,
não
inventa, nem espaventa
rimas
que, lentamente,
se
confundem,
se
entrelaçam,
se
embaraçam,
se
atropelam,
se
rebelam,
e
se fundem.
Se
esconde dentro da rede
dum
véu todo fantasia.
E
nessa tremenda sede
cheia
duma vida
destemida,
ela
se estende,
se
distende
e
se rasga...
e
se anima
e
até se engasga
com
a rima.
Ad
Hoc compila versos
muito
seus, muito simplórios,
focando
temas diversos
que
espera bem construir,
musicar
e colorir
com
palavras aldrabadas
mas
muito em jeito de amar.
Com
a mente intransigente,
no
que respeita a rimar...
já
não sai coisa de gente.
Maria
Letr@
P_2013Jl6
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