O rubicundo poente,
que a minha imaginação
criou, no meu horizonte,
é um fator decorrente,
que a paz no meu coração,
deixa que, serena, afronte.
Abaganhada em trabalho,
missão que a vida me impõe
dia, após dia, que passa,
busco homizio num baralho,
as mil coisas que se impõe
eu, tranquilamente, faça.
Mas o poente, em questão,
engoda quem lhe faz mossa,
E quando penso que sim,
Que talvez, ou mesmo não,
Ele acredita que eu possa
Suportar seu frenesim.
Mas a idade atraiçoa
esses poentes em fogo,
frutos das nossas cabeças.
e quando o muito magoa,
e o trabalho está em jogo,
viramos tudo às avessas.
Um veloz fenecimento,
da força que até então,
parecia viver em nós,
surge a qualquer momento
e, sem qualquer ambição,
ficamos, p’ra sempre, sós.
Maria Letra
Imagem da net