De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20150425

CRAVOS SEM COR



Não é a cor que te diz
por que me escolheste a mim...
Aquilo que, um dia, fiz,
laranja, branco ou carmim...
foi festejar liberdade,
e nunca adversidade.


E..., finalmente, o que resta
dessa ambição que existia?
Um regime que não presta!
Pouco pão, muita alergia!|
Gentinha que só de vê-los
sinto arrepios nos cabelos...

Era uma vez... ditadura!
E agora? O que é que há?
Estão abrindo a sepultura
a muitos de nós! Vá lá...,
acordem! Estão-nos tramando
e nós...., sempre escorregando...

Escolham homens, não partidos.
Não à cor, sim ao programa,
senão..., seremos traídos!
Votem em gente com fama
de ter sempre, enfim, primado
por ser alguém bem formado.

Ergo os meus cravos, sem cor,
por um Portugal melhor!

Maria Letra
2015-04-25

20150422

ESTA VIDA É UM BAILE


MEU REFÚGIO


DO CONSCIENTE AO SONHO


Mergulho na noite. Um breu medonho
deixa que eu, dormindo, me transporte
ao mistério deslumbrante do sonho...
Actuante, sem deixa e sem suporte,
saio da plataforma “Consciente”,
cheia de regras e ponderação,
para um teatro livre, assaz potente
de cenas virtuais e encenação.
Oh! Este momento, que não comando,
onde o cenário, vil enganador,
podia permitir-me que, sonhando,
sentisse Amor, não este Desamor.
  
2015-04-22