De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20111209

MARASMO

O Sol raiou
e me acordou.
Chamou por mim,
deixando assim
como um aviso
muito preciso:
O tempo passa!
Mas eu, sem graça,
não estava numa,
de forma alguma,
de despertar.
Estava a sonhar.
A força dele
não convenceu
a minha mente
da vida, ausente.
Mas, encostada
na almofada,
com o cobertor
cobrindo a dor
deste meu corpo,
de vida morto,
pus-me a pensar,
já a acordar…
Salto da cama,
dispo o pijama,
visto uma calça
e uma blusa,
que ainda se usa;
calço umas meias,
velhas e feias,
mais uns sapatos,
muito baratos
e vou sair,
sempre a sorrir,
com a esperança
duma criança,
num novo dia
que me sorria.
Vou procurar,
- sempre a sonhar -
buscar lá fora
o que perdi.
Já decidi!
Não quero mais
dias iguais,
meses de pasmo,
neste marasmo.
Só me faz mal!
Viva o Natal!

Maria Letra
09-12-2011 

Dedico este poema à minha amiga Milai. Ela entendê-lo-á muito bem.

3 comentários:

Unknown disse...

Lindo, Mizita, a Milai vai adorar!

Beijinho,
Ana Martins

Lázara papandrea disse...

o sonho não pode morrer nunca! beijos

Adelaide disse...

Um obrigada cheio de ternura, porque o meu coração funciona assim...ternura, amor, amizade e muito mais...