De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20110416

A FERNANDO PESSOA

FERNANDO  (António Nogueira) PESSOA
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e faleceu  nesta cidade, a 30 de Novembro de 1935.
Escritor e poeta, profundamente introverso, embora não possamos excluir de si um outro lado extroverso, deixou explicito nas suas obras um misto de inquietude cerebral, inibição, estados complicados de alma e uma constante procura duma verdade impossível de descobrir, o que, muito provavelmente, no seu todo, gerou um conjunto de situações que o levaram a sentir um tal medo da morte que, por si só, poderei admitir tratar-se já duma forma de loucura.
Havia na alma de Fernando Pessoa um génio, atrever-me-ia a definir como um tanto ou quanto narcizista, mas de tal forma grandioso que é enorme o número de pessoas que procura, através da leitura do que escreveu, uma resposta para as interrogações que deixava, em quem lia o que escrevia. Permanecerá sempre no leitor interessado na sua obra, uma enorme curiosidade em perceber melhor o ser humano que habitava nele, em realidade, já que  alguma dose de exibicionismo e um certo histrionismo, demonstrado por vezes numa percetível passividade,  não estaria de acordo com a sua inteligência lúcida, embora  subtil. Pergunto muitas vezes, a mim própria, se não teria sido esse seu espírito, profundamente conturbado, que lhe deu um cunho de alguma forma misterioso que nos faz, buscar nele as respostas que referi, para essas mesmas interrogações àcerca deste homem das letras de personalidade tão complexa. 

6 comentários:

Lázara papandrea disse...

olha... que maravilha sua resposta poética!...Penso que Pessoa foi um homem além do seu tempo provido de uma sensibilidade raríssima. Ah eu ainda não tive tempo de ensaboar as palavras no outro blog..rsrs...qualquer dia destes eu o inicio. obrigada pela leitura! grande abraço

Maria Letr@ disse...

Bom fim-de-semana e obrigada pela sua visita e comentário a este meu texto sobre Fernando Pessoa. É como diz, realmente. Eu diria até que ele mereceria ter o seu nome escrito a ouro na História da Literatura Portuguesa, se eu fosse amante desse precioso metal. Mas não sou.
Fico aguardando as tais palavras ensaboadas, porque só o título do blog deixa já antever o que vai ser editado nele.
(Ainda estou sem saber se já publicou algum livro ... Quero comprá-lo!)

chica disse...

Espetaculo tua interação com o poeta.Linda!beijos,chica e fds legal!

Maria Letr@ disse...

Sempre presente, amiga Chica. Obrigada e até já.
Bom fim-de-semana.

Manuela Araújo disse...

Olá cara Maria

Fingindo que percebi a sua excelente resposta a Pessoa, não finjo que gostei, porque adorei :)

Beijinhos e bom Domingo

(Nota: julgo que a poesia tem o dom de se pode gostar sem se perceber totalmente)

Maria Letr@ disse...

Sou uma vergonha duma amiga, porque não vou visitar a sua página cujos temas considero acima de quaisquer outros. Peço-lhe desculpa, lutadora incansável e grande exemplo para todos nós.
Com a poesia, pode acontecer isso, mas com o que escreve já não se passa o mesmo. Todos percebemos muito bem. Podemos é negligenciar ..., o que é grave.
Muito obrigada pela visita e pelo comentário, querida Manuela Araújo.
Beijinhos.