Casamento ...
Príncipio fatal
de fidelidade à lei.
Compromissso social
e burocrático,
aristocrático ou não,
(não sei ... ),
duma "ela"
um "ele" servir,
respeitando-o até à morte
e ao que daí advir ...
É tudo uma questão de sorte
...,
mas, traduz,
uma situação que vai muito
mal.
Conduz
ao "status" casado,
ou, sem aparente distinção,
casada.
Acto já menos usado,
mas cuja alteração,
continua estagnada.
Isto porque
confiança um no outro,
não existe talvez.
E ... com o coração
cheio de esperança
e querer,
liberdade ... era uma vez.
Duas assinaturas,
feitas num livro especial
e as intenções mais puras
(ou não, não faz mal),
registam o compromisso,
perante quem de direito,
de pagar,
com efeito,
(para além de tudo mais ...),
uma fortuna sem fim,
em caso de separação,
a qual um lado diz
"sim"
e o outro lado diz
"não".
Uma comum realidade
que pode acontecer aos dois:
a infedilidade.
sobretudo a do homem,
pois ...,
já minha Mãe me dizia,
com sofrimento,
pesar
e declarada ironia
(que eu sentia disfarçar):
-"O marido,
por ser macho,
pode ter sete mulheres,
enquanto a esposa,
fiel,
desempenha o seu
papel"...
Não importa o que
tu sintas,
o que importa é
que consintas!
Maria Letra
Londres, 28-03-1985
11 comentários:
Linda e forte poesia reflexão sobre o casamento e suas implicações...beijos,chica
Tanta publicação e eu com o PC avariado!!!!
Amiga, vamos ver se amanhã ou depois já te posso ler e comentar.
Por agora... beijarocas
Tité
Obrigada, Chica e Tité.
Beijinhos para as duas.
Maria!
Nooossa!
A descrição perfeita do que eram os casamentos de nossa época!!!
Penso que hoje já seja diferente:as mulheres,até mesmo as de outrora ,sabem onde pisam e como livrar-se de seus carrascos!!
Se não existir amor e admiração o melhor é que não exista nada!
Um beijo,saudades!
Sonia Regina.
Bom dia Sónia Regina! Obrigada pela sua visita.
É mesmo isso que escreveu. Felizmente que hoje já é um pouco diferente. A mulher não está disposta a suportar muita coisa que, quando casei, era bem pior para ela, sobretudo.
Beijos.
Oi Maria Letra!
Excelente texto, e me lembra muitos casamentos de antigamente, com toda certeza. Era assim porque assim era, vamos dizer. Hoje em dia, realmente as coisas vão mudando. Devagar mas vão. Eu demorei muitos anos para me separar, mas ainda assim me considero uma vitoriosa por ter conseguido. Não foi fácil. Era pra ser pra sempre, não? Pra mim não foi, mas consegui sair...!
A gente realmente não está mais disposta a suportar certo tipo de coisa.
Seu texto é rico. Muito bom!
Beijos
Carla
Olá, Carla! Obrigada pela sua visita.
Sim, na realidade é como diz. Este poema foi feito em 1985, exatamente quando me separei e porque, na altura, não tinha condições para pagar um divórcio litigioso, nem queria isso por causa dos meus filhos, eu esperei 6 longuíssimos anos para obtê-lo. Mas obtive-o e foi a melhor decisão da minha vida. Com 6 filhos e sendo uma mulher muito mãe e muito companheira, tinha desejado outra situação, mas as coisas nem sempre são as que desejaríamos ou sonhávamos fossem, um dia.
Um beijinho.
Boa noite Mizita,
Felizmente que já muita coisa mudou desde então, a minha avó dizia: "Quem se sujeita a amar, sujeita-se a padecer", e quando eu lhe respondia que não podia concordar com isso, ela chateava-se comigo.
Beijinho,
Ana Martins
Pois, mas felizmente que as coisas mudaram, embora estejamos agora a assistir ao descalabro. Os casais, POR VEZES, divorciam-se por 'dá cá aquela palha'. Mas ninguém é perfeito e os defeitos existem de ambas as partes, tenho a certeza disso.
Bom fim-de-semana, Ana Maria e obrigada pela sua visita ao meu blog.
Cá estou Mizita,
Mas não vou falar em separações.
Prefiro divagações, meditações e outros "ões". Tinhas razão quany ao teu blog. Para mim são 5 estrelas.
Beijinhos
Milai
Ó amiga Milai, que não te agradeci a tua visita que só neste momento vi. Ainda vou a tempo, não?
Bjnhs.
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