De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20101029

QUANDO A GARGANTA SE CALA E A IMAGEM TE FALA ...

 
QUANDO A GARGANTA SE CALA
E A IMAGEM NOS FALA

Quando a garganta se cala
e a imagem te fala...
Quando, no silêncio, impera
dentro de ti uma fera…
Quando, cansado da vida,
anseias a despedida…
Não deixes que te governe
o ódio, esse vil germe
capaz de corroer
o que de bom poderás fazer.
Deixa que essa onda,
envergonhada, se esconda
no teu coração que bate,
esperando que o tempo a mate.
Verás nascer novos dias
que, de cego, tu não vias.
Não esqueças que há crianças
precisando de mudanças
feitas de paz, de querer,
para poderem crescer...
um crescer em que o amor
encha este mundo de cor.

Maria Letr@
2010-10-29

6 comentários:

Tite disse...

Deus te oiça querida amiga.

Eu que sou tão positiva ando a começar a descrer.

Beijossssss

Maria Letr@ disse...

Obrigada, minha amiga.

Sei bem aquilo que sentes.
Por vezes, sinto-o também!
Mas não serão os descrentes,
A ter a força de quem,
Muito ao contrário de nós,
Está na frente duma luta,
Para acabar com os podres,
Dos grandes filhos da mãe.

Beijinhos e toda a sorte do mundo para os que amam as crianças.

Adelaide disse...

Parabéns Mizita.

És uma verdadeira poetisa. Admira-me a facilidade com que fazes um poema. E não só um poema. Muitas outras coisas mais fazes que muito me admiram.

Tens montes de capacidades.
Beijos

Maria Letr@ disse...

Eu fico sem jeito se me dizes que sou uma grande poetisa, porque se o fosse, como classificaríamos os grandes? Gostava de saber bem fazer poemas. Isso gostava!
Obrigada pela visita, minha amiga.

Adelaide disse...

Quem faz um poema em que o tema são as crianças, o que há de mais belo neste mundo carregado de desgraças, maldade, destruição, em que tantas criancinhas morrem quando tinham direito a viver a vida que lhes estava predestinada, é uma grande poetisa nesta nossa geração. Os outros, os maiores, os que ficaram na história, esses já não pertencem a este mundo.

PS: Este blog é muito simples e bonito. A simplicidade gera beleza.

Beijos
Milai

Maria Letr@ disse...

Obrigada, Milai. Hoje estou num daqueles dias em que não me apetece escrever poesia.
As pessoas, por vezes (embora raramente, talvez por faltar-lhes a coragem), dizem que a maior parte da minha poesia é triste. Não posso deixar de concordar porque, normalmente, escrevo poesia quando estou triste. Não me perguntem porquê, mas talvez seja porque não gosto de contactar com as pessoas quando estou nesses momentos. Não tenho o direito de fazê-lo. Assim sendo, atiro para o papel o que me vai na alma.
Obrigada pelo teu comentário, minha querida amiga.