De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20120102

NOVELO SEM PONTA

Me dispo e  começo
a virar-me do avesso
em busca da ponta
que vezes sem conta
procuro, perdida.
Sou novelo estafado,
enrolado, apertado,
mas não vou desistir
de tentar descobrir
porque estou tão sentida.

No sol eu me aqueço
e da ponta me esqueço
deixando o  novelo
soltar aquele elo
que tanto me aperta.
Mas cedo regressa
e em mim se atravessa
sem mostrar a ponta
que vezes sem conta,
me mantém alerta,
ansiosa, desperta
.
Maria Letra
Janeiro de 2012
Imagem da net


2 comentários:

Ives disse...

Sempre maravilhosas poesias. O sol ilumina a encontrar a ponta do novelo. lindo abraços

Unknown disse...

Que lindo, parabéns!

Beijinho,
Ana Martins