Tu urdes teias
com mil cuidados.
Teces teus
actos, em cada fio,
bem
disfarçados, camuflados
nas tuas veias,
de sangue frio!
Nesse tecer, tu
não me aturdes.
É de meu jeito
ver causa e efeito,
ir mais ao
fundo, ir mais além.
Não fantasio,
enquanto urdes.
E, nesses
dias, em que tu teces,
com tua mente,
geras suspeitas.
Por alguns
dias, não apareces,
até que as
teias estejam feitas.
Mas não sou
presa. Sou combativa.
O teu tecer já
não me engana.
Pára de urdir.
Estou na ofensiva.
Da minha vida
sou soberana.
Maria Letra
2012-10-24
2 comentários:
Além das teias que sufocam a poesia que quer ser livre e transforma em combate o que deveria ser, apenas SEr, abraços
Obrigada, Ives. Quantas vezes somos traídos pela força dessas mesmas teias..., superior à nossa resstência.
Um abraço e muito obrigada.
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