De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20120328

NO REINO DA VAIDADE


Nesse trono em que estás,
enfatuada,
com a mente vazia
de tudo
e cheia de nada...,
és soberana sem paz.
Tu, és fantasia
no silêncio mudo
duma lenda.
Tu és a hipocrisia
e a mentira.
Tu és um erro sem emenda.
A ambição que em ti gira,
atacada de cegueira,
lança e relança
montes de poeira
aos olhos de quem
é cego, também.
Vives num inferno de vaidade
porque não conseguiste,
nem por escassos momentos,
perceber,
com simplicidade,
o que quer dizer
SIMPLICIDADE!

Maria Letra
Imagem da net

6 comentários:

Adelaide disse...

Como está lindo este poema !!! Uma mente vazia de tudo e cheia de nada, é coisa que tu não tens. Os meus sinceros parabéns acompanhados de votos de muita saúde, um coração tranquilo e todos os teus dias com muita paz.
Beijinhos
Milai

Maria Letr@ disse...

Bom dia! Obrigada, Milai querida. Escrevi este poema inspirada em certas cenas quotidianas que me revoltam, em perfeito contraste com o sofrimento de milhões que nem sequer teem tempo ou disposição para pensarem que este defeito, em dose moderada, até é benéfico. O problema é que uma grande maioria das pessoas carrega vaidade em dose insuportável e com ares de quem tem um trono nesta Terra, que lhes pertence, o que chega a ser abominável.
Bjnhs.

Unknown disse...

Mizita, boa noite!
E saiu perfeito o poema. De facto, todos os dias assistimos a cenas de vaidade descontrolada, pessoas que se esquecem que afinal somos todos iguais e, que não é a riqueza que faz de nós melhores ou piores pessoas.

Beijinho e parabéns pelo poema!
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Boa noite, amiguinhas Milai e Ana Martins, duas pessoas que o meu coração marcou com 5 estrelas.
Obrigada pelos vossos comentários. Uma bofetada de luva branca, porque eu não visito ninguém. Ando mesmo desnorteada, com a chegada dos meus netos. Peço mil vezes perdão.
A vaidade anda para aí cada vez mais inchada e isso provoca em mim muita revolta. Sinto-a assim como uma afronta, perante o que está a passar-se a nível mundial. Cada vez mais me revolta a enfatuação de certa gente sem nível nenhum.
Há algum tempo (não muito), encontrei uma amiga no centro, amiga essa que estava acompanhada duma senhora muito bem, muito qualquer coisa que imediatamente me arrepiou até à medula. Tinha o aspeto de quem só conhece "pounds in millions"... Feitas as apresentações, diz-me essa senhora amiga da minha amiga: A que família pertence? Respondi-lhe muito sorridente: "À minha!
Fiquei com tema para um poema, mas só no dia 28 do mês passado tive vontade de escrevê-lo, porque ainda andava enjoada. Descendente de pessoas simples mas muito honestas, para quem sempre valeu mais o que cada um é e não o que cada um veste..., interpreto este tipo de interesse, de curiosidade, relativamente às famílias a que pertencemos como um teste a "deixa ver se vale a pena conviver com esta aqui...."
Enfim! Já me alonguei.
Beijinhos queridas amiguinhas.

Unknown disse...

Mizita!
E respondeu muitíssimo bem, adorava ter visto a expressão da Senhora!!!! Rsrsrsss.

Beijinho com votos de uma Santa e Feliz Páscoa.
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Bom dia, poetisa Ana Martins.
Depois de eu ter dito isso, gerou-se assim como que um clima de quem tem um formigueiro no corpo, mas correu tudo bem. Ela ficou a saber que, para mim, FAMÍLIA é mais do que o nome que lhe foi atribuído.
Beijinhos.