Andam
à solta papões!
Não
se trata de miragem.
Eles
não se chamam ladrões,
mas
fazem o que eles fazem.
Comem
muito, comem tudo,
fazem
dos outros capachos!
E o
que temem, sobretudo?
Que
lhes roubem os seus tachos!
O
papão mais manhosinho,
tem ar
de muito matreiro
prosseguindo
no seu caminho,
a tramar
o país inteiro.
Há
uns que roubam, por fome;
outros,
por ganância atroz.
Neste
roubar que consome,
quem
se lixa? Somos nós!
Os
que, por fome, roubaram,
são
metidos nas prisões,
enquanto os papões não param,
de
comprar grandes mansões.
E
neste deixar roubar,
de
que todos nos culpamos,
nós
não estamos a cuidar
da
estrada em que caminhamos.
De
filhos viramos pais;
de
pais viramos avós;
de
avós viramos culpados
dos erros
de todos nós.
E
neste “deixar andar”,
em
que os papões, são vedetas,
estamos
todos a deixar,
os
nossos filhos pobretas.
Sem
sabermos como e quando,
este
roubar começou,
eles
tomaram o comando,
e a nossa
vida... piorou.
Maria
Letra
2011-03-15
4 comentários:
Situação bem expressa em teus versos e pode-se ver claramente que muda o país, mas tudo é o mesmo! Linda poesia/critica!beijoschica
Obrigada pela tua visita e comentário, Chica.
Peço-te desculpa pela minha ausência do teu blog, mas tenho tido duas amigas em minha casa, e passei alguns dias fora de casa, de visita a monumentos ingleses, com uma delas, sobretudo. Bjnhs.
Mas que grande verdade. Barrigudos e mamões. Vistos a olho nú vê-se que são grandes comilões.
Agora, Mizita, faz um poema ao contrário. Em vez de 3 gordos, coloca 3 ossudos e deixa-te ir por ainda adiante. Fico à espera, ok?
Já sei que vem um poema dos grandes. Nas Av. de Lisboa deviam ser colocados outdoors com essas duas fofografias lado a lado. Seria um sucesso!!!
Parabéns Mizita.
Beijos
Milai
Escolhi umas figuras tão arrepiantes quanto arrepiantes são os papões ......
Beijinhos, Milai.
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