De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20101225

EM DIREÇÃO AO FUTURO


EM DIRECÇÃO AO FUTURO

Procuro
na tua passividade
e na tua incompreensão
do meu viver,
um bom senso, inexistente,
e a boa interpretação
deste meu querer.
Procuro,
com a linearidade
da minha conduta
e a determinação absoluta
do meu esforço,
que tu me escutes
e, finalmente, lutes
contra a direcção
que a humanidade
segue, levianamente.
Busco,
na limitação
da tua mente
e da tua alma,
que me cansam,
a ressonância
clara e calma
do meu poema...
e da sua importância.
Não acredito
na reconstrução
desta vida,
na ambiguidade
de certas soluções,
nem na utopia
de certas promessas.
Sigo em frente
duvidando de tudo
e de todos.
Suporto a caminhada
em direcção ao Futuro...
mesmo não acreditando nele.
Já não espero nada.
Pertenço a este mundo,
imundo,
com o corpo presente
e o coração sofrente.

Maria Letr@

2 comentários:

Rui Santos disse...

Esperança, esperança é preciso.
Obrigado pelo comentário, bom ano de 2011. Que se acenda a luz da esperança

Manuela Araújo disse...

Muito belo, este poema.
Triste e sofredor, mas muito intenso.
Como disse o Rui Santos, espero que se tenha acendido a luz da esperança nestes 22 anos que passaram.
Beijinhos e obrigada :)