De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20100703

SAUDADE


Saudade é dor que se sente,
Saudade é uma dor ingrata.
É uma ausência, presente,
É uma presença que mata.
Saudade de quem partiu,
De quem não está, que não volta.
Saudade é f’rida que abriu,
É um mau-estar que revolta.
É negra a côr da saudade,
Negra sem réstea de luz,
Sem pena, sem piedade,
Põe-nos ao peito uma cruz.
A Saudade não se cura,
Enquanto presença fôr.
A minha saudade é dura,
Há muitos anos, amor.

Londres, 03-07-2010
Maria Letra
Imagem da net

6 comentários:

chica disse...

lINDA POESIA, GRANDE SAUDADE!BEIJOS,TUDO DE BOM,CHICA

Maria Letr@ disse...

Obrigada, Chica.
Os meus votos de uma óptima semana.
Um grande abraço.

Adelaide disse...

Mizita,

Este teu poema é bem a demonstração da tua grande qualidade como poetisa.
Adorei lê-la pela beleza que encerra.
à tua beira, o que sou? Naaaaada......

Poverella

Maria Letr@ disse...

Eu não gostaria que o que escrevo servisse para termo de comparação, Milai. Cada poema tem de ser apreciado - ou não - pela mensagem que encerra e não para determinar se é melhor ou pior do que outros. Tu sabes quanto aprecio o que escreves e o quanto me encanta a tua forma muito feminina e simples de escreveres.
Um grande beijinho, minha grande amiga e obrigada.

Tite disse...

A tua poesia é linda e a saudade... ou o amor? a tua musa inspiradora.

Adorei matar "saudades" tuas.

Acho que tenho o PC reparado. Vamos ver.

Beijossssss

Maria Letr@ disse...

Obrigada, minha querida amiga.
Poesia fruto de momentos mais saudosos ...
Tens mais sorte do que eu que trago os meus computadores todos a meia-haste ....lol
Beijinhos, Tite. Amanha regresso a Londres e depois contacto-te.