Vento que
bate, insistente,
em frágeis corpos sem norte.
Leva tudo à sua frente,
na sua fúria de morte.
Ninguém sabe o que fazer.
Desistir, não são capazes.
Acreditam que vencer
é o prémio dos audazes.
Os que preferem ponderar,
estudam o mal na raiz,
buscando como travar
os ventos do seu país.
em frágeis corpos sem norte.
Leva tudo à sua frente,
na sua fúria de morte.
Ninguém sabe o que fazer.
Desistir, não são capazes.
Acreditam que vencer
é o prémio dos audazes.
Os que preferem ponderar,
estudam o mal na raiz,
buscando como travar
os ventos do seu país.
Ventos loucos, sem control,
que sopram todos os anos,
anos escuros, sem sol,
que causam penas e danos.
Uns esperando a calmia,
vão recolhendo a folhagem;
outros, mais em sintonia,
lutam juntos com coragem.
Procuram travar a dor.
Têm esperança no bom senso
e na força do amor,
cujo poder é
imenso.
Fartos dum presente duro,
fogem de ventos e lôdos.
Têm esperança no futuro.
Todos por
um, um por todos!
E, nesse esperar sem fim,
sentindo a força do vento
que sopra, dentro de mim,
fui-me esquecendo do tempo,
esse factor meu rival,
que sei ser muito importante
nesta luta desigual
contra um mau tempo constante.
E, nesse esperar sem fim,
sentindo a força do vento
que sopra, dentro de mim,
fui-me esquecendo do tempo,
esse factor meu rival,
que sei ser muito importante
nesta luta desigual
contra um mau tempo constante.
Maria Letra
2009-07-01
2 comentários:
Querida Mizita,
Como consegues "poemar" desta maneira. Como consegues apanhar as palavras que fojem com os ventos e que te fazem falta no teu poema. Como sabes escolher as que melhor se adaptam à ideia que formulaste para construires mais um belo poema teu!
Mizita, eu acho que perdi a vontade de dominar as palavras, de as escolher para dar a beleza ao poema que quereria fazer e não consigo.
O que passa comigo? Haverá alguma plantinha natural que me encha de inspiração?
Beijinhos
Milai
Há, Mara. Há em todos nós. Vai à tua natural essência e, sem artifícios, escreve. Um poema nasce com muitas formas e a mais bela é aquele que faz com que o poema nos toque fundo. Para quê florear?
Mas e3u não serei a pessoa mais indicada para dar-te conselhos sôbre poesia pois sou uma simples amante desta forma de comunicar e não me preocupo muito com a métrica porque nem sempre tem resultado comigo. Prefiro escrever livremente. Agradeço muito os teus comentários, mais válidos como amiga do que como comentadora, pois não te vejo capaz de dizer-me: "vai pregar a outra freguesia que isto aqui não me convence". Precisava desse tipo de comentário, se fôr caso disso.
És sensível demais para teres essa coragem.
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