De velhas raizes minhas,

umas vivas, outras mortas,

retirei ervas daninhas

p’ra poder abrir mais portas.


20121108

UMA QUESTÃO DE FÉ



Gostava que me aceitassem
como sou. Com as minhas crenças,
e que nunca mal julgassem
todas as minhas diferenças.
Cada um, é como é,
quando se trata de Fé.

A minha, é limitada,
neste espaço  onde me movo,
ao muito que vem do nada
e dá vida a todo um povo.
Eu creio na Natureza,
tão bela quanto indefesa.

É que, num dado momento,
inventa-se outro cenário
e o nosso convencimento
fica virado ao contrário.
Sigo apenas um Senhor
a que chamamos: AMOR.

De resto, tudo é incerto
nesta vida que vivemos
pensando que o que está certo
é tudo aquilo em que cremos.
Por isto mesmo eu respeito
quem respeita este meu jeito.

Vejam-me como um jardim
que acolhe qualquer flor.
O coração que há em mim
só conhece a Fé no AMOR.
Só nessa vou caminhando,
as outras, vou respeitando.


Maria Letra
23/10/2010
Fotografia de: RUI VIDEIRA

2 comentários:

Unknown disse...

Mizita, boa noite!
É tudo uma questão de fé, sim, e a cada um nós cabe a humildade de aceitarmos e respeitarmos as diferenças dos outros. Só assim é possível construir um mundo mais justo e mais humano.
É na diferença que nasce a partilha e que se renova o amor.
Que seria do mundo se todos pensássemos e sentíssemos da mesma forma.

Belíssimo poema, parabéns!

Beijinho,
Ana Martins

Maria Letr@ disse...

Bom dia, querida Ana.
Obrigada pelo seu comentário, sempre tão simpático. Vou ver se consigo ir à sua página agora mesmo. Bjnho.