Ponto de encontro
De tantos corpos.
Uns, cheios de vida,
Outros, quase mortos.
Nas cabeças,
Um mundo desconhecido
De ambições.
No peito ...
Mais dores do que corações.
A banda, repetitiva,
Sempre igual,
Parecia tudo,
Menos musical.
O interior do salão
É deprimente.
O aspecto, sórdido.
Nos olhares
Sente-se a esperança
E um desejo mórbido.
Em cada par
Um caso ...
Por vezes sério,
Mas, na maioria,
P'ra não recordar.
Contudo,
Neste salão deprimente
E de aspecto sórdido,
Onde quase tudo
É doentio,
É mórbido,
Encontrei-te a ti.
No teu doce peito
Senti um coração.
Na tua cabeça
Uma humana ambição:
Encontrares alguém
Que suavizasse
A vida que tens.
Dançámos.
Sem falsas ilusões,
Dia, após dia,
Um desejo crescia:
Estarmos juntos os dois.
O meu corpo
Ansiava aprender
A lição do Amor.
Ensinaste-ma tu.
Hoje, meu bem,
O meu coração
Sabe bem o que quer.
Aprendeu, contigo,
Como é bom ser Mulher.
Como é bom ser Mulher.
Maria Letra
Sounthampton, Abril 1985
4 comentários:
Ficção ou recordação?
Seja o que for é/foi lindo!
Beijosssssss
Obrigada, Tite. Foi realidade ...
Beijinhos.
Maravilha isso,Maria!beijos,lindo fds!chica
Obrigada pela visita, Chica. BFS também para ti.
Beijinhos.
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