QUERIA
SER POMBA COM ASAS DE ESTANHO
Se eu estivesse vivendo com a alma em Paz
seria
glória e - quem sabe! - capaz
de poder transformar cada pena que eu tenho
numa
pomba branquinha com asas de estanho.
Voaria
sem medo, e segura de mim.
Nada
temeria! Nem o meu próprio fim.
Mas
eu sou tumulto, espalho lava pela Terra
numa
luta permanente pelo fim da guerra.
Revolta-me saber que há crianças a morrer.
Representam
a esperança a perecer
num
quadro cruel, tremendamente imoral.
Revejam-se
as regras impostas, caducas,
ditadas
por quem, de mentes cutucas,
não
distingue a diferença entre o Bem e o Mal.
Maria Letr@
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